nos instantes imprecisos,
na fila do supermercado,
num olhar distraído para a lua,
no som daquela música antiga
que tocava
enquanto a gente se falava.
Ah, como a saudade se insinua
nos gestos cotidianos,
numa reunião sem importância,
quando alguém pronuncia um nome igual ao seu,
a mesma linha de trabalho,
na lembrança de uma cidade.
Ah, como a saudade persiste,
no agora, no ontem,
no quase, no cedo,
sem hora marcada,
sem licença pedida.
Olho a sua fotografia,
e até ela sussurra baixinho:
ai, que saudade...
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