Minas não tem
mar, mas tem montanhas.
Curvas
sinuosas de grande beleza.
Um mar de
montanhas com suas ondas estáticas...
Suas estradas
vão cortando serras, contornando montanhas,
Revelando
um povo alegre, festeiro e acolhedor,
De modos faceiros e fala própria,
Possuem uma mania de juntar palavras e adotar um diminutivo peculiar em quase toda frase: minutim, rapidim,
bunitim...
Gente que
adora prosa sossegada, poesia cantada com viola, e,
principalmente, de contar histórias.
Um povo
saudosista, mineiro conserva o passado com apreço.
São como
livros abertos, compartilhando suas memórias.
Falam da
vida, contam uns "causos", lembram dos tempos que passou...
Se reúnem nas
praças, nas calçadas, nas varandas (ou terreiros) e nas cozinhas...
Ah! As
cozinhas...
Costumam ser o lugar mais disputado das casas...
Entorno do
fogão se "pruzeia" e se produz gostosuras,
do desjejum à ceia, sempre tem uma coisinha para beliscar.
Curva após
curva, a regra não muda:
Se não quiser
fazer desfeita, tem que provar o café e os quitutes.
No bom
mineirês, "toma um cafezim com um bolim, biscoitim, pãozim diquejo".
Para quem não conhece, o autêntico é oferecido assim mesmo, dito tudo "juntim".
Não estranhe, mas os visitantes são sempre “convidados” a conhecer toda a casa (aqui é quarto dos mininu, se
quise discansa um tiquim, podi deita que tá limpim), as reformas, as fotografias antigas...
Tudo vira
assunto, vira história...
Ah! essas
minas,
Essas curvas
que me encantam,
Esse povo que
me rodeia...
Nasci aqui, e
por aqui, vou ficando,
Se viajo, levo Minas comigo (no jeito de ser e falar), e em Minas fica um pouquinho de
mim... despertando a saudade, e a vontade de voltar.
Um comentário:
Muito legal. Bem escrito e me fez sentir em cada um dos lugares.
Parabéns, conseguiu ver que a cozinha é onde as coisas acontecem. Não apenas nas casas, mas nas salas de aula e nas "lotações"
A mineiridade nos faz sentir saudades de ser mineiro.
Eugênio
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