8 de fevereiro de 2025


No avançar das horas,
contemplo o breu intenso.
Miro os astros, demoradamente,
nas frestas do infinito.

As nuances da abóbada celeste
se entrelaçam em sombras e brilhos.
As luzes ofuscam minha visão—
fecho os olhos,
e a mesma paz cintila em mim,
suave, silenciosa, sem pressa.

Transcrevo os versos que ressoam em minha mente—
seriam vozes, seria o vinho?
Não importa.

Sinto o brilho dos astros envolver-me,
o vento dançar entre meus cabelos.
Ouço a cidade murmurar ao longe—
pessoas, carros, buzinas,
ecos distantes de histórias desconhecidas.

No silêncio de mim,
sob os astros,
breu profundo,
lá e cá, calmaria.

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