Passarinho pequenino
com sonho de águia
quis voar alto
mesmo desacreditado
quis explorar o longínquo.
Preparou suas asinhas,
juntou coragem
alçou o voo da jornada
a mais alta
a mais longa
que qualquer outro do bando.
Num desses reveses da vida,
foi apanhado.
Dócil pequenino,
passaria os dias acorrentado.
voava agora limitado;
o permitido,
em torno de sua casinha.
Linda gaiolinha adornada
que dela via o mundo
mas não ia lá fora.
estava seguro,
tinha de tudo,
mas não alçava voo
tanto peso que carregava.
Sem voar, via morrer o sonho de águia
de tristeza foi perdendo as penas.
Esfarrapado deixou de tentar voar,
foi perdendo os sonhos;
e de tanto perder,
e não voar,
parou de cantar.
Passará, passarinho?
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