10 de novembro de 2015

Tempos e partidas.

Como em um sonho,
me vi partindo.
Sem dor, sofrimento ou coisas do tipo.
Apenas não mais despertaria.

Alguém, que me pareceu familiar, se aproximou,
segurou minha mão, e disse:
- Já é hora de partir, vamos?
Assenti.
E ele seguiu me conduzindo.

Eu caminhava revendo minha casa.
Me despedindo e lembrando das alegrias vividas.
Com um sentido de gratidão por tudo que me fora dado.

Quando alcançávamos a porta,
Vi meu filho de mão dada com minha mãe.
Eles não me viram, e ao fixar em seus rostos
Senti um aperto no peito, e parei.
Fazendo parar também aquele que me conduzia.

Olhei nos olhos de meu guia e lhe disse suplicante:
- ainda não posso!
(com todo amor que existia em meu ser)
Eles ainda precisam de mim, por favor!?

Nossas mão se soltaram, 
e eu acordei...
Como que regressando.

Meu pedido havia sido atendido.
Ganhei mais algum tempo.
Quanto? não sei.
Mas qualquer tempo extra,
para estar com quem se ama é um ganho.

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