13 de julho de 2015

Confissões de férias

Meu semestre terminou numa sexta,
bem no final do dia: às seis (ou às dezoito, como queira o leitor).

Senti um turbilhão de emoções n'um só dia.
Uma alegria de missão cumprida,
Um vazio da ausência de compromisso.
Uma ponta de tristeza pelo fim da rotina com os colegas,
Tantas outras inquietações emocionais.
Mas, enfim, férias! Ou quase.

Sábado foi dia dos enceramentos.
Primeiro a festinha do pequeno. Escola de criança, chapéu, bota...
Tipicidades julinas de uma cultura mineirês.
Depois, confraternizar com os colegas de curso...
Dizer sobre coisas que não estavam na agenda ou no programa, nada de trabalhos e prazos. Mas família e planos.

Dia cheio esse sábado, falta ainda arrumar as malas...
Isso sim é algo complexo.
Bem que o guarda roupa poderia caber na mala, mas não dá.
Ora faltam roupas, ora sobram roupas desnecessárias, mas como todas malas são sempre cheias e difícil de fechar.

Ai ai. Domingo, vamos viajar.
Táxi. Aeroporto. Despacho. Conexão.
Desembarque. Brasília. Táxi. Passeio. Aeroporto. Avião.
Destino: o litoral. Como sempre: Normal!

Eis que começam de fato as férias.
Caminhar na orla, contemplar as águas plácidas formando piscinas de cor esverdeada.
Sol, calmaria, sobrinhas, cadeiras,
Não resisti, sem ao mesmo me despir, me sentei.
Me recostei, me aconcheguei... 

Enrolei-me à toalha de praia,
E sucumbi ao cansaço e o sono, mesmo lutando... adormeci.
Dormi na praia, de chapéu e óculos de sol,
abraçada à bolsa de praia.

Uma cena um tanto patética de se imaginar...
Senti uma sensação estranha (não sei dizer se seria vergonha ou sei lá o quê).
Depois de tanto dormir e acordar (no mesmo lugar),
Mesmo estando n'um lugar inusitado para tal,
Senti-me mais inteiro.

Disposto a caminhar e explorar.
Sentir os aromas, sabores, e a cultura.
Percorrer as ruas, os monumentos.
Viver de fato o viajar e o descobrir.



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