11 de julho de 2012

Esperançados

Ando pelos corredores,
Vejo rostos simples
Olhares cheios de esperança
De que a vida melhore,
Suplicantes por querer viver,
Retornar às suas tarefas.
Sentados nos bancos,
Compartilham suas histórias,
Repetem seus momentos de aflição.

Vejo olhos vermelhos,
Refletindo a tristeza
Sofrimento, dor;
Na incerteza do futuro
A angustia
Misturam-se na espera,
Homens, mulheres, crianças.

Mais desolador,
Quando o prognóstico limita o tempo.
A tristeza que era viva nos olhos
Escorre brilhante pela face.
Vejo um lacrimejar continuado,
De quem está perdendo a batalha.
De quem teve seu tempo contado.
De quem está perdendo um amor,
Que aos poucos vai partindo.
Lamentando, sorrindo e consolando.




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