29 de janeiro de 2009

Escrevo...
Previsíveis,
Palavras
Linhas pobres...

Acostumadas a dizer nada
Tão juntas
Tão vazias.
Confusas,
se perdem
entre o papel e o pensamento.
Lacuna.

Contrárias
ainda no pensar.
Como dizer para serem sensatas
Se não obedecem à fala...

Às vezes, insensatas...
Titubeiam ir para o papel.
Emboladas
Teimosamente descompassadas.
Desligam-se do ser
E vão ser.
Pobres linhas...

2 comentários:

André Luiz Araújo disse...

Quão pobre seria a escrita se não houvesse valor as palavras? Seria rico o texto - ou apenas o escritor que as delineia? Sendo ou não sendo, rico é o teu coração que transborda palavras, ainda que descompassadas, mas que entram na dança poética, fazendo-se espetáculo. Encanta ver-te assim, tão em mim, espetacular.

Fernanda MAtos disse...

Eita... temos o mesmo nome...
Prazer em conhecê-la, ab raço.
Fernanda Matos