*
Parei-me diante de tua imagem,
Antiga, misteriosa e presente.
Olhos tristes, penetrantes,
que fitaram com intensidade.
Olhar-te nos olhos por longo tempo,
Me remete à teu mundo,
Me remete à tuas palavras,
Delicadezas tuas, perpetuadas pela escrita.
Olhos de papel
Tristonhos, profundos,
Cheios de tudo,
e sentimentos ocultos.
Há um mundo intenso lá fora,
e vistes muito além do cotidiano cinza,
dessabor, mau-amor, dor.
A luz nostálgica dos tempos de outrora.
O que o fez essa aura de quietude?
Seriam as montanhas diversas que cercaram a infância?
Seriam o prazer de caminhar, se resguardar... e apenas observar?
Nestes olhos infinitos vi a inspiração
De olhar para si e para o mundo
Com a ternura de menino
Que brinca com as letras, formando poesia.
Delicadezas tuas, sentimentos escritos.
Inspirados, inspirando
De um ontem, para o sempre.
* CDA - O poeta Itabirano
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