11 de janeiro de 2014

As luzes se apagam.
Ouve-se o primeiro sinal.
Agitação.
Aquele friozinho na barriga como outrora.
O segundo,
Imagino (e relembro) as expectativas na coxia.
Finalmente, o terceiro e mais longo,
É agora!
As cortinas se abrem,
O cenário aparece,
Encantando,
Fazendo sorrir,
Fazendo refletir,
Ou, talvez, até chorar.
Hoje, da plateia, observo os detalhes.
Com olhar solidário, melhor, de cúmplice.
Ontem, num passado mais distante,
Observei a plateia do palco.
Na penumbra tentei reconhecer rostos,
Reconhecer nas feiçōes, meus dizeres.
A magia que não se apaga.
Da descontração dos ensaios,
À apreensão dos instantes de início.
A tensa troca de roupas, personagens.
Agradecimentos,
Adeus.
É o fim.
Todos saem, as portas se fecham.
Quem se foi levou parte de história.
Quem ficou, guardou em si o teatro, o grupo, o aprendizado, e a saudade.

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