31 de agosto de 2013

Som de saudade


Ouço uma canção que fala de amores e saudade
Não é fácil controlar o que se sente,
o que se pensa,
Não se controla a razão.
Repetindo os dizeres da canção,
Lembro-me de ti,
Em tudo que passamos,
Na distância de nossas palavras,
Do tempo que não mais gastamos.
Da intimidade que se esvai.

Pérfido tempo,
que lhe rouba de mim
emudece nosso convívio.
Sob os efeitos melódicos intento lhe escrever,
frases leves, que levem a ti o cotidiano,  
Omitindo a saudade,  
Segue o papel em branco...
Como sinos em mim,
Repetem o pensamento
Segue a canção, o som e o branco.

Não ligo, não escrevo, resisto ao teu silêncio,
Preservo-te,
Como se estivesse aqui.
Onde eu vou, você vai,
Em mim.
Como o ar que rodeia,
Sol que aconchega.
Como o horizonte,
Constante,
Distante.

Disperso,
Ouço meu silêncio
Sai o dia,
vem a noite escura.
Sem lua, sem beleza,
Triste como a canção que findou.
Ainda que a ausência seja intensa,
Mesmo que não se importes mais,
Como se o tempo não passasse
Como antes, te espero.

Nenhum comentário: