Ouço
uma canção que fala de amores e saudade
Não
é fácil controlar o que se sente,
o
que se pensa,
Não
se controla a razão.
Repetindo
os dizeres da canção,
Lembro-me
de ti,
Em
tudo que passamos,
Na
distância de nossas palavras,
Do
tempo que não mais gastamos.
Da
intimidade que se esvai.
Pérfido
tempo,
que
lhe rouba de mim
emudece
nosso convívio.
Sob
os efeitos melódicos intento lhe escrever,
frases
leves, que levem a ti o cotidiano,
Omitindo
a saudade,
Segue
o papel em branco...
Como
sinos em mim,
Repetem
o pensamento
Segue
a canção, o som e o branco.
Não
ligo, não escrevo, resisto ao teu silêncio,
Preservo-te,
Como
se estivesse aqui.
Onde
eu vou, você vai,
Em
mim.
Como
o ar que rodeia,
Sol
que aconchega.
Como
o horizonte,
Constante,
Distante.
Disperso,
Ouço
meu silêncio
Sai
o dia,
vem
a noite escura.
Sem
lua, sem beleza,
Triste
como a canção que findou.
Ainda
que a ausência seja intensa,
Mesmo que não se importes mais,
Como se o tempo não passasse
Como antes, te espero.
Como antes, te espero.
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