Quando
olho para o céu e percebo apenas as partes mais escuras,
Deixando
de ver o azul e as nuvens que lembram algodão.
Quando
ouço um pássaro e sinto roubado o silêncio,
Deixando
de ser encanto, esse canto, incomoda.
Quando
a leitura fica enfadonha
Os
livros monótonos...
Será
que escolhi a narrativa errada,
Será
o ânimo, que falta, que deixa a história minimizada?
Quando
o café fica sem gosto,
quando
não, quente demais,
(se
é que é possível)
logo
depois, frio, daí é ponto final. Café frio, não vai.
Quando
a luz do dia, intensa, cansa.
Faz
doer os olhos.
Faz
desejar a noite.
Quero
dormir, mas não tenho sono.
Quando
durmo, não sonho.
Apenas
passo a noite
À
espera do dia que se repetirá,
Das
coisas repetitivas de um quando.
E
nesta apatia de estar
É
possível se ouvir, indelicadamente:
-
Querida, porque te entedias? Não tens razão para isso, tens uma vida tão bela.
Respondo, secretamente:
O
que sabeis dos anseios da minha alma, ou da
solidão dos pensamentos dos meus dias?
Sem o quanto determinado, sigo, com o quando entediado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário