20 de julho de 2011

Srta. Austen

Nasci num tempo, onde as mulheres têm voz.
Não são mais obrigadas a se casarem, em idade e companheiro determinados pelo pai.
Mas, isso, não retirou a angústia do peito delas.
Se antes, os arranjos matrimoniais com desconhecidos as entristeciam,
Hoje, os galanteios fugazes, arrasam seus corações do mesmo modo.
Como saber se são sinceros?
Em todas as histórias os homens são livres, de toda a culpa ou erro.
Entretanto, as mulheres, ainda carregam consigo todo o histórico
do preconceito, da censura, da coerção.

Como tantas outras, criadas para serem discretas,
quisera ser como um pássaro, livre de todas essas amarras invisíveis,
e poder transitar pelo mundo sem me ferir.
E, também, não acreditar nas pessoas erradas.
Este coração, dilacerado tantas vezes, por atos e palavras;
remendado e frágil de tanto esperar, e de tanto sofrer,
busca apenas o amor sincero e verdadeiro,
de alguém que possa chamar de seu.
E, que este encanto perdure enquanto ainda pulsar seu viver...

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