5 de junho de 2008

mundo cor

Um mundo assim, sem sal, sem tempero, sem sabor, sem cor, completo dissabor. Não, que não houvesse momentos alegres. Estes vinham sempre acompanhados de uma ponta de tristeza, de um não sei o quê. Sob o ângulo “falta”, sempre, aquela sensação do incompleto.

Os dissabores se acumularam a um ponto de associar-se à angústia, na caminhada de vários sonhos perdidos e de esperança quase findada, agarrada apenas numa tênue linha de resistência. Na percepção do tempo, com tudo mostrando-se tão errado, cansei de caminhar, deve ser por não saber nem mesmo para onde estava indo.

Cheguei a desistir da caminhada. Sinônimos de fracasso, derrota, desesperança aglomeraram de forma tal, que quis partir. No auge da lassidão, confessei minhas fragilidades e entreguei meu caminho. Num ato insano pedi para ir embora.

Quando me perdi de mim, reconheci um amor maior que eu. Vi-me nos braços do Senhor do impossível, e, no processo de me reencontrar, encontrei você.

Meu mundo mudou de cor depois que você chegou.

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