27 de agosto de 2020

 
O querer e o gostar
São os dois, um trem estranho
simples, e ainda sim, confuso.
Tem dias que a gente gosta mais do quer
Tem dias que a gente quer mais do que gosta
Outros, nem um, nem outro.
Tem ainda os que são tudo, e mais um pouco.
 
É como música que invade por dentro
Vai aquecendo, inquietando
E continua ensimesmando.
Num descompasso interno
Que vai arrepiando os pelos do corpo
Num querer junto com o gostar.
Limítrofes, o resistir e o se entregar.
 
Numa dança interna
Que vai, dá volta
Rodopia, e faz juntar.
Nesse querer e gostar
Vai passando o dia
Vão passando os dias.
Novembro bate à porta,
e o fim do ano logo atrás.
Esperando a música 
(do querer e o gostar) 
não terminar.
 

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