de fechar os olhos e ainda poder ver...
vivia os seus próprios...
Podia dizer que era muito mais que ver.
Em seus pensamentos acelerados eram todos os sentidos
as mãos ansiosas,
as maçãs do rosto quentes e coradas
a respiração começando a ofegar
por vezes, quase podia ouvir
o som do próprio coração,
da pulsação ganhar celeridade.
Por segundos de desconcentração,
e imersão em seus próprios lembrar e sentir.
Tanto a falar
e não fazer
Tanto a querer
e não poder.
Na desconcentração do raciocínio
para os sentidos
esqueceu as palavras em si.
Externou apenas banalidades
desconectadas e desconversadas.
Por falta de jeito,
faltou explicar que no modo sem jeito: “só digo bobagem”.
Alô, terra chamando!
Onde estão os pensamentos?
Podia dizer, na noite passada.
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