18 de fevereiro de 2020

Desalento


Todo dia,
Chamo seu nome.
Envio pelo vento o meu chamado
Esperando que me ouças,
Que se lembre,
De mim, de nós,
Que respondas.

Passa o dia,
Volta, às vezes, o eco,
          o vento oco.
Sigo no morro,
Sentindo o vento
Que agita os meus cabelos
Que traz consigo as sensações do caminho
Mas não me fala aos ouvidos
                               nenhuma palavra.

Foi-se o tempo
Que ele voltava atulhado
De imagens e falas,
De pequenas promessas e sorrisos.
Foi-se...
Ficou o vento
Que toca, mas não acalenta.
Que bagunça os cabelos,
As lembranças e os pensamentos,
E vai embora.



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